Na Moita

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Queridas Senhoras,

continuamos a perseguir o nosso objectivo de conhecer melhor as terras da margem sul. Depois da coroa de glória que foi o passeio ao Samouco, depois da agitação trendy de Cacilhas, conquistámos uma nova meta e é com orgulho que digo: Paula, fui à Moita!

Com o dia magnífico de sol e céu azul estava mesmo a apetecer espairecer junto ao rio (o plano era ir ao Barreiro!, mas um imprevisto trocou-nos as voltas e lembrei-me logo da Moita).

O primeiro obstáculo, sempre, é convencer os miúdos a sair de casa. Não sei se há por aí muita gente a passar pelo mesmo mas nós travamos verdadeiras lutas para conseguir que eles saiam de casa e apanhem sol naquelas trombinhas. A Alice acaba por se deixar convencer se houver no horizonte a promessa de uma boa refeição. Quanto ao João, a telha costuma passar-lhe no primeiro parque infantil. Mas há guerra, minhas senhoras, há guerra. Tudo aquilo que propomos de bom e saudável (conhecer outras terras, ver paisagens, passear junto ao rio, apanhar sol e ar fresco), é basicamente recebido com amuos e gritos.

Mas vamos ao passeio, a bem ou a mal. A Moita é linda! Começamos por descobrir a Praia Fluvial do Rosário, serena e pitoresca, equipada com parque de merendas, e junto a uma bonita capela. Os mariscadores andam no Tejo. O aprazível cenário foi aproveitado para instalar aquele que deve ser um dos melhores restaurantes da região.

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O Baía Tejo parece fantástico e deve ser porque tinha uma afluência generosa, muitas famílias, muitos grupos, num corrupio calmo de gente em passeio de fim-de-semana

Como tínhamos em vista um sítio mais simples e descontraído, optámos pelo excelente O Batelão, a pouca distância da praia. Felizmente acertámos. A Alice baixou a guarda mal lhe puseram à frente o pão caseiro de miolo fresco e a manteiga. Havia de regalar-se depois com os lombinhos de porco com batata frita fininha e nós com o arroz de marisco (Paula, O Batelão, não te esqueças!, tem para lá caldeiradas e ensopados que é um gosto).

Depois do almoço regressamos à praia que está agora cheia de gente em passeio. Há muito por onde caminhar, há uma ciclovia e percursos junto ao rio. Nas imediações fica o centro de interpretação ambiental Sítio das Marinhas (não visitámos) que ajuda a contextualizar e a perceber melhor as características desta paisagem.

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Por fim, fomos conhecer a zona ribeirinha da Moita onde está atracado o famoso Boa Viagem (lembras-te, Paula?), o varino que entre Junho e Outubro navega no Tejo em passeios turísticos.

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Naturalmente, os miúdos estão a borrifar-se para tudo. Para o Tejo, para os barcos, para a paisagem, para o sol. Mas, filhos da mãe, talvez no fundo aproveitem alguma coisa.

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Beijinhos a todas,

 

Céu

Comentários

  1. [...] Agora apanhei-te, hã? A Paula goza comigo por causa deste fascínio com terras como o Samouco e a Moita mas acho que de Alhandra nem ela [...]

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