Queridas Senhoras,
há aquela altura na vida em que percebemos que o Natal não é assim tão mágico, fazer anos não é assim tão divertido e as férias afinal não são um sonho. Talvez tenha então chegado o momento de reconhecer que os filmes de Woody Allen já não são arrebatadoramente amargos e encantadores.
Sim, é tão cruel como descobrir que os filmes de Hitchcock não têm o melhor suspense do mundo (felizmente, há coisas em que poderemos confiar para todo o sempre) mas alguma vez temos que crescer. (E uma boa altura talvez seja quando temos idade para ser pais dos protagonistas).
Café Society é amoroso, claro. Mantive durante todo o filme aquele sorriso beatífico, aquela esperança young and fool de ser tocada pela magia, pelo arrebatamento, pela doce amargura. Mas já não é a mesma coisa.
A música está lá, a luz está lá, os diálogos rápidos e certeiros um pouco menos, as piadas inesquecíveis menos ainda.
O que resta então? Nostalgia do tempo em que o Natal era sempre excitação e alegria e um filme de Woody Allen nos dava alento para uma temporada inteira.
Ninguém lamenta mais do que eu mas é assim.
Beijinhos a todas,
Céu
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