“Chamo-me Mary Katherine Blackwood. Tenho dezoito anos e vivo com a minha irmã Constance. É frequente pensar que se tivesse tido um pouco de sorte poderia ter nascido lobisomem, porque o anular e o dedo médio das minhas mãos têm o mesmo comprimento, mas tive de me contentar com aquilo que tenho. Não gosto de me lavar, nem de cães ou barulho. Gosto da minha irmã Constance, de Ricardo Coração de Leão e do Amanita phalloides, o cogumelo da morte. Todas as outras pessoas da minha família estão mortas.”
Caras Senhoras,
Começa desta forma um dos últimos livros que li e que gostei muito e que vos recomendo se ainda não o leram.
Chama-se: Sempre vivemos no Castelo, de Shirley Jackson, publicado pela Cavalo de Ferro.
O livro é da minha irmã como tantos outros que fui lendo, é uma grande vantagem ter uma irmã que adora livros e adora ler e adora comprar livros e não se importa de emprestar à sua irmã mais nova os livros que ela gostou e que acha que a irmã mais nova vai gostar!
A história deste livro é a história de duas irmãs, Merricat e Constance e da sua relação especial, muito especial… e mais não digo, ok, só um bocadinho !
- Um verdadeiro tempo primaveril - disse Constance, e sorriu para o jardim.
- Adoro-te, Constance - disse.
- Eu também te adoro, tola Merricat.
Mas não se deixem enganar, a história tem um lado dark…
E se precisarem de uma banda sonora à altura, a minha irmã recomenda esta:
Lemonade, das CocoRosie.
Beijinhos e boa semana
Susana
Sempre foi assim. Os livros fazem partem da nossa vida. Fizemos colecções em conjunto, desde "Os Cinco" às "Quatro Torres", avançámos pelos livros de lombada grossa dos nossos pais, primeiro "As três Sereias", depois "Os Capitães da Areia" (recomendado pela Marta) e nunca mais parámos. Ler um livro significa sempre falar dele à minha irmã, porque somos cúmplices na leitura. E em tudo o resto.
ResponderEliminarOlha quem saiu da casquinha! Beijinhos!
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