Pão – o último tabu

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Queridas Senhoras,

volta e meia dá-me para repensar a minha alimentação. Não trago nada de muito estruturado para dizer, nenhum resumo das últimas descobertas, mas uma conversa aqui [a propósito deste artigo], um artigo ali, entrei outra vez numa fase de querer mudar hábitos.

Sei que já mantenho vários hábitos bons há muito tempo (sopa todos os dias ao almoço e jantar, três ou quatro peças de fruta por dia) mas também tenho os menos bons e os maus. Em geral, acho que posso comer de tudo desde que não exagere. O problema é se não é assim. O problema é se o cansaço que por vezes sinto, algum mau estar, inchaço abdominal e achaques do género, poderiam ser evitados com medidas tão simples como... comer menos pão.

Não sou fundamentalista, gosto de comer e como de tudo. Mas chateia-me que por ignorância, preguiça ou hábito, esteja a insistir nos alimentos errados. Ou nas quantidades. Não me pesa na consciência comer fritos numa festa, um bom enchido, queijo da Serra, doçaria, o que for. Mas aborrece-me que no dia-a-dia não faça tudo o que está ao meu alcance para melhorar a minha alimentação. Se nunca me esqueço de comprar pão, porque não tenho a mesma preocupação em relação aos legumes? Porque não fico preocupada se acabaram as verduras como fico quando resta apenas um iogurte no frigorífico?

Sempre comi pão a toda a hora sem pensar muito nisso. De manhã, em torradas, ao almoço em sandes, quando chego a casa com azeitonas e ainda ao jantar se a refeição puxar por ele. Claro que o problema não é só o pão nem sobretudo o pão. São as bolachas, os bolos, os farináceos em geral. Mas com estes posso eu bem, a coisa está controlada. Para o pão sempre olhei de maneira diferente e é claro que isso é também uma questão cultural.

O pão como alimento básico, intrinsecamente bom e puro. O pão alentejano, o pão de Mafra, as carcaças com manteiga Primor da minha infância, o pão com chouriço, o trigo de quartos e o pão centeio da Aldeia Viçosa, o pão do Rogil quando estamos em Lagos (já para não falar do Folar do Algarve, está a chegar o tempo dele)! Ai, ai….

De forma que a partir de agora vai ser assim e escrevê-lo ajuda: pão só ao pequeno-almoço.

A outra pequena mudança é insistir nos legumes como acompanhamento (ter sempre legumes em casa) e cortar nas batatas, arroz e massa.

Nota: comprar arroz integral e convencer a família de que é muito melhor (eu gosto bastante e já costumo comer no vegetariano mas lá em casa são todos muito esquisitos, sabem?).

Beijinhos a todas,

Céu

Comentários

  1. [...] gostaria de partilhar convosco duas alterações importantes na minha busca por uma alimentação mais saudável e equilibrada. [...]

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