A sul do Tejo

IMG_6831

Queridas Senhoras,

passo a vida a dizer que ir à outra margem do Tejo é dos passeios mais giros que podemos fazer. Claro que o tempo passa e o passeio chega a ser adiado durante anos (!).

Mas hoje foi o dia. A logística: deixar o carro no Cais do Sodré e apanhar o barco para Cacilhas. O bilhete de ida e volta custa 2.90€. As crianças a partir dos 6 anos pagam o mesmo. O terminal está cheio de gente, incluindo bastantes turistas estrangeiros. A fila para os comboios da linha de Cascais é maior, claro, mas nota-se que muita gente já procura a outra margem. (Vinha um artigo na revista do Expresso sobre uma nova vaga de franceses que compram casa em Lisboa. Gostam dos bairros antigos, das casas na Graça com vista para o Tejo, mas a surpresa é que já procuram também na margem sul. Pudera!)

Cacilhas tem tido destaque na imprensa por causa de uma “movida” recente, com novos restaurantes, bares, lojas, que se concentram na Rua Cândido dos Reis. Felizmente, os novos sítios não abafaram os antigos, não está tudo cheio de hamburguerias e lojinhas, há um equilíbrio natural.

Depois da visita à Fragata D. Fernando II e D. Glória (grátis no 1º domingo do mês, 4€ adultos, 2€ crianças a partir dos 6 anos), almoçamos sardinhas e carapaus no Escondidinho de Cacilhas, mesmo à beira do cais. Tudo impecável, preços razoáveis, esplanadas compostas mas não atulhadas. Cheira a assados no carvão por todo o lado. Não está calor em excesso. Está-se bem, muito bem.

Depois do almoço seguimos pelo Cais do Ginjal. Os velhinhos Atira-te ao Rio e Ponto Final ainda estão no mesmo sítio e parecem ter resistido bem ao tempo. As mesas de ambas as esplanadas, mesmo em cima do rio, estão todas ocupadas por gente com ar muito relaxado. Tudo ali apela à descontracção total.

Seguimos pelo bem cuidado Jardim do Rio até ao Museu Naval (fecha ao domingo). O Elevador da Boca do Vento, que faz a ligação entre o Ginjal e a zona superior de Almada Velha, está com alguns problemas de funcionamento. Voltamos para trás e subimos pelas escadas junto aos restaurantes. A escalada é valente mas constantemente recompensada pelas vistas fabulosas. Lisboa é um desenho perfeito do outro lado.

Uma vez lá em cima rumamos à Casa da Cerca que não conhecia mas sabia ser um sítio especial. É melhor do que imaginei. A vista, os jardins, a esplanada, o sossego. Tenho que realçar o sossego que hoje em dia valorizamos tanto. Para as características únicas do local está pouca gente, a sensação é de privilégio. A Casa da Cerca integra o jardim botânico Chão das Artes. Aqui há, acreditem ou não, camas de pano entre as árvores onde nos podemos estender e entrever o rio.

Depois de gozarmos tudo isto umas duas horas, saímos, passamos pelo Incrível Almadense, e procuramos o Jardim do Castelo onde existe um parque infantil e o restaurante Amarra Ó Tejo. Descemos depois pela Avenida Heliodoro Salgado em direcção ao centro de Almada para chegar novamente a Cacilhas, entrando pela tal Cândido dos Reis. Aqui fazemos uma paragem estratégica no Cova Funda para caracóis e imperiais.

O barco está quase a partir. Corram! Conseguimos apanhá-lo e 15 minutos depois estamos a atracar no Cais do Sodré.

Melhor é impossível.

Beijinhos a todas,

Céu

Comentários

  1. [...] sul. Depois da coroa de glória que foi o passeio ao Samouco, depois da agitação trendy de Cacilhas, conquistámos uma nova meta e é com orgulho que digo: Paula, fui à [...]

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Conversem connosco: