Queridas Senhoras,
Chove copiosamente e a corrida matinal ficou cancelada. Está um dia lindo para ir ao cinema e o que me apetecia era ver sessões do Indie de enfiada.
No domingo tive o privilégio de ver a antestreia do belíssimo Em Segunda Mão, de Catarina Ruivo. Passa hoje outra vez às 14h30, no Londres.
Por vezes olhamos através das janelas para as vidas dos outros e imaginamos que ali seríamos felizes. Entretanto, alguém olha para a nossa própria janela e pensa o mesmo. E se fosse possível trocar? Encontraríamos a felicidade? Ou começaríamos tudo de novo, a procurar novas janelas?
O filme é sobre um homem que deseja ser outro e passa para lá da janela. E mais não conto.
Foi também a última película protagonizada pelo actor Pedro Hestnes, desaparecido o ano passado.
O poema que está na página do filme, ilustrado pela imagem acima, é também belíssimo e adequado ao dia de hoje.
Il pleure dans mon coeur
Comme il pleut sur la ville ;
Quelle est cette langueur
Qui pénètre mon coeur ?
Ô bruit doux de la pluie
Par terre et sur les toits !
Pour un coeur qui s'ennuie,
Ô le chant de la pluie !
Il pleure sans raison
Dans ce coeur qui s'écoeure.
Quoi ! nulle trahison ?...
Ce deuil est sans raison.
C'est bien la pire peine
De ne savoir pourquoi
Sans amour et sans haine
Mon coeur a tant de peine !
Paul Verlaine
Deixo-vos um clip do filme:
video.php?v=3526021642090
Beijinhos e um bom 1º de Maio, senhoras trabalhadoras!
Céu
Obrigada, Céu, pelo clip fiquei com vontade de ver. É interessante esta questão das vidas dos outros, somos levados a acreditar na perfeição das aparências, não é? A mim as famílias dos outros sempre me pareceram perfeitas (e invejáveis).
ResponderEliminarO filme retrata isso na perfeição, pedaços idealizados da vida dos outros, vislumbres de felicidade perfeita que podem ser bastante enganadoras. Fiquei rendida, colada com ao ecrã.
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