Queridas Senhoras,
Quando é que a inocência convive na perfeição com a malandrice mais descarada?
Quando é que a inteligência mais curiosa, a esperteza mais viva e intrometida se une à mais pura e doce ingenuidade?
Quando é que a dependência mais mimada e melosa joga tão bem com acessos de rebeldia e autonomia?
É no rapazinho de três anos.
Os bebés são uma ternura, as crianças mais crescidas encantadoras. Mas o rapazinho de três anos dá cabo de nós. Em mais do que um sentido, se é que me entendem.
Tem cara e bochechas e refegos de bebé, ainda, mas todo ele é já rapaz, nos jeitos e na conversa, mesmo quando diz, quando se zanga, «pronto, já não sou tua amiga».
É um independente imitador. Quer fazer tudo sozinho. Desde que seja connosco e como nós.
Imita e repete. Também nisso é ainda como os bebés que deliram com o jogo da repetição. Como ouve tudo (mas tudo mesmo, e quando não ouve pergunta «o que é que disseste?»), repete muito. A conversa está cheia de «opás» e se lhe sair um «porra» não se admirem. Tenham é cuidado com o que dizem ao pé dele.
Dá cabo de nós. Basta-lhe um sorriso. Fazer cara de monstro. Dar um miminho. Ajudar a arrumar (é um bebezola que já sabe guardar as suas cuecas e meias). Contar-nos uma história («então, depois, o urso...»).
Vir direito a nós, de repente, dar-nos um beijinho e sair a correr.
É um instante, agora já sei. É em menos de nada que deixam de ser bebés.
O João começa hoje a deixar de ser. Como ele diz, faz «três-em-maio», o meu rapazinho de três anos.
Larga a sopa João, hoje são os teus anos!
Beijinhos a todas,
Céu
P.S. O ritmo que isto leva agora!
Muitos parabéns, João Ratão! (ratão é o que eu costumo chamar ao Francisco quando ele faz essas coisas todas que tu descreves, com um sorriso super traquina - era um ratinho, mas já não é...) É um instante, é verdade. Olha, mas eu já acho que um rapazinho de dois anos dá cabo de nós!!! Isto piora??? ;) Beijinhos grandes a toda a família
ResponderEliminarAh, e quanto ao ritmo que isto leva agora... está provado que o nosso blogue inaugural não era suficientemente bonito para nós! Agora, sim, sentimo-nos "em casa"!!!
ResponderEliminarE um rapazinho de 4 anos? também não quer ser minha amiga de vez em quando e faz cara de dinossauro Rex para me assustar,pede " ajudas-me a rapar?-o prato da sopa ou da papa",mas faz questão de se calçar sozinho,e de dizer ao irmão "Francisco,tens que te concentrar para fazeres os trabalhos de casa!"
ResponderEliminarGira esta idade,ainda com a mistura dos dois mundos.
E um rapazinho com 7-em-Maio ? isso é outra história...
Parabéns Céu,parabéns João!