Uma religião qualquer


- Foto: Igreja de Aldeia Viçosa, Guarda


Bom dia Senhoras,

Não tenho por hábito ir à missa. O tempo em que frequentei mais assiduamente a igreja foi nos anos da infância e adolescência, quando passava sempre as férias de Verão na aldeia, onde ir à missa faz parte do ritual de domingo. As roupas festivas, o encontro no adro, o café a seguir e o almoço alongado depois, com as tias e os “primos diferentes”.

Era o tal tempo em que “a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.”

Um ritual que ficou para trás. Mas hoje voltei à igreja porque a minha mãe encomendou uma missa pelo 1º aniversário da morte do meu avô.

Lembrei-me então de uma referência que li de passagem esta semana sobre a reacção do cérebro quando rezamos. Fui procurar e encontrei o artigo em questão.

Parece que, em termos cerebrais, falar com Deus não é muito diferente de falar com um amigo, com alguém em quem confiamos ou, simplesmente, alguém com quem aproveitamos para desabafar ou ter contacto humano.

Falar com Deus não activa as regiões do cérebro que lidam com conceitos abstractos mas sim as mesmas que estão envolvidas nas relações com outros seres humanos.

Fica a reflexão para este domingo.







Beijinhos a todas,

Céu

Comentários

  1. É muito interessante esta descoberta. Eu também perdi o hábito (mas também a vontade) de frequentar a Igreja a dada altura, cedo. Lembro-me de um dia estar a rezar o terço com a minha mãe, em casa, devia ter uns 8 anos, lembro-me como se tivesse sido ontem. Entrei em piloto automático e o resto de mim que ficou liberto só conseguia pensar, mas isto não vai resultar, isto não vai resultar.

    Não me livrei da inquietação e estou sempre à procura de mais saber, de mais compreensão, de mais sentido. Ler e escrever foram os meus substitutos da oração. Ler e escrever para pensar melhor ;)

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  2. Queridas Senhoras

    quando finalmente tenho os 3 mais velhos prontos para dormir, em 3 camas "coladas e bem juntinhas" numa divisão do aparthotel, antes de apagar as luzes, rezamos juntos a oração do Anjo da Guarda.

    Oração que sempre rezei com a minha mae durante muitos anos, em muitas casas e em muitos países diferentes, e que agora rezo com os meus filhos.

    Todas as noites, através desta pequena e simples oração, viajo até à minha infância, ao quentinho e ternura de ser criança e ao conforto e alegria de ter alguém a velar por nós.

    um grande beijinho

    Mariana

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