Queridas senhoras,
vou contar-vos um segredo. Eu vi a Mariana ao vivo, este ano. Em nossa defesa, foi um encontro de trabalho, um breve momento em que a nossa campeã das milhas acumuladas pousou os pés em Lisboa, entre ter chegado de São Paulo, ter passado pelo Alentejo, ter ido para um sítio algures na Europa só com o maridinho, para depois regressar a Lisboa e voltarem todos (os seis) para São Paulo.
Há uns meses, estivemos umas boas horas sentadas numa esplanada à beira-rio, eu, a Mariana e uma terceira pessoa, a Susana P., a esmiuçar assuntos de natureza profissional, e trocámos algumas novidades pelo meio, mas soube a pouco. Vamos já começar a pensar num encontro a sério, com tempo, lá para o Natal, ok, Senhoras?
Soube a pouco e soube a tanto. Vocês conhecem-na, a Susana menos bem, mas tu, Céu, perceberás bem o quero dizer quando descrevo a Mariana como sendo um ícone de elegância. A Mariana é a pessoa mais elegante que eu conheço, e ela faz hoje 41 anos, 41 anos!, tem quatro filhos, vive em São Paulo e já viveu em Madrid (e isto só depois de casada, porque começou a acumular milhas logo desde miúda), e há-de viver ainda em mais uns quantos lugares distantes e excitantes. Trazia umas calças pretas de um modelo de que eu gosto muito, que são muito fluidas e leves mas com um toque masculino muito giro, um pouco Diane Keaton versão 2014; umas sandálias de cor viva; e uma camisa. Eu, que não percebo nada de moda nem sei descrever com exactidão as peças que ela usava, ainda hoje retenho na memória a fluidez de tudo aquilo, a forma como as roupas repousam sobre ela com leveza, com elegância, com naturalidade. Como ela está sempre bem, seja para uma esplanada na beira-rio, para uma vernissage ou para um whiskey com mr. Sinatra. Isto é elegância.
Mas não é, claro, só o que ela veste, ou melhor, como ela o veste. É também o sorriso que nos abraça, são os gestos delicados, é a voz doce. É a mente atenta, o conhecimento inesgotável, a curiosidade insaciável, a serenidade, a reflexão, a ponderação. O coração. Os bons conselhos, a opinião sempre valiosa. A humildade, a humildade. A sabedoria (claro, só tem direito a ela quem sabe manter-se humilde). A amizade.
«Ah! Se ela soubesse que quando ela passa
o mundo inteirinho se enche de graça»
Sabes, Mariana? O meu mundo tem muito mais graça por tu passares nele. Até breve, amiga, e muitos, mas muitos parabéns.
Um grande beijinho,
Marta
vou contar-vos um segredo. Eu vi a Mariana ao vivo, este ano. Em nossa defesa, foi um encontro de trabalho, um breve momento em que a nossa campeã das milhas acumuladas pousou os pés em Lisboa, entre ter chegado de São Paulo, ter passado pelo Alentejo, ter ido para um sítio algures na Europa só com o maridinho, para depois regressar a Lisboa e voltarem todos (os seis) para São Paulo.
Há uns meses, estivemos umas boas horas sentadas numa esplanada à beira-rio, eu, a Mariana e uma terceira pessoa, a Susana P., a esmiuçar assuntos de natureza profissional, e trocámos algumas novidades pelo meio, mas soube a pouco. Vamos já começar a pensar num encontro a sério, com tempo, lá para o Natal, ok, Senhoras?
Soube a pouco e soube a tanto. Vocês conhecem-na, a Susana menos bem, mas tu, Céu, perceberás bem o quero dizer quando descrevo a Mariana como sendo um ícone de elegância. A Mariana é a pessoa mais elegante que eu conheço, e ela faz hoje 41 anos, 41 anos!, tem quatro filhos, vive em São Paulo e já viveu em Madrid (e isto só depois de casada, porque começou a acumular milhas logo desde miúda), e há-de viver ainda em mais uns quantos lugares distantes e excitantes. Trazia umas calças pretas de um modelo de que eu gosto muito, que são muito fluidas e leves mas com um toque masculino muito giro, um pouco Diane Keaton versão 2014; umas sandálias de cor viva; e uma camisa. Eu, que não percebo nada de moda nem sei descrever com exactidão as peças que ela usava, ainda hoje retenho na memória a fluidez de tudo aquilo, a forma como as roupas repousam sobre ela com leveza, com elegância, com naturalidade. Como ela está sempre bem, seja para uma esplanada na beira-rio, para uma vernissage ou para um whiskey com mr. Sinatra. Isto é elegância.
Mas não é, claro, só o que ela veste, ou melhor, como ela o veste. É também o sorriso que nos abraça, são os gestos delicados, é a voz doce. É a mente atenta, o conhecimento inesgotável, a curiosidade insaciável, a serenidade, a reflexão, a ponderação. O coração. Os bons conselhos, a opinião sempre valiosa. A humildade, a humildade. A sabedoria (claro, só tem direito a ela quem sabe manter-se humilde). A amizade.
«Ah! Se ela soubesse que quando ela passa
o mundo inteirinho se enche de graça»
Sabes, Mariana? O meu mundo tem muito mais graça por tu passares nele. Até breve, amiga, e muitos, mas muitos parabéns.
Um grande beijinho,
Marta
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