Entre o Ribatejo e o Alentejo

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Queridas Senhoras,

ideia para um guia: “25 fins-de-semana a menos de 120 km de Lisboa”. Sim, há muita informação, muitos sites e revistas, mas quantas vezes não sabemos para onde ir ou parece que os locais são sempre os mesmos? Ou as praias ou as principais cidades com património, como Coimbra ou Évora. Então e o resto?

Este fim-de-semana andámos pelo Ribatejo e pelo Alentejo, a pouco mais de 100 km de Lisboa. Saímos sábado de manhã em direcção a Coruche. Chegamos e aterramos na magnífica esplanada Del Rio, posta em sossego à beira do rio Sorraia. A zona ribeirinha de Coruche está uma beleza. Há caminhos pedonais para apreciar as margens do rio e a partir dali saem dois trilhos pedestres que dão a conhecer as paisagens desta terra de pontes, açudes e arrozais.

Destino para o almoço: o restaurante Maia, no Couço. O prato forte são as carnes e os lombinhos de porco estão de chorar, de tão suculentos e saborosos. Arroz doce e pudim de café para sobremesa, um cigarro à sombra no largo de igreja e siga para a próxima paragem, a aldeia de Brotas.

Cruzamos a fronteira para o Alentejo, entrando no concelho de Mora, distrito de Évora. Brotas está perto e lá que ficam as Casas de Romaria, um turismo de aldeia que recuperou sete casas junto ao bonito Santuário de Nossa Senhora de Brotas. A aldeia é um primor de casinhas brancas e a D. Maria do Rosário é a mais afável e disponível das anfitriãs. É ela que nos faz uma visita guiada à igreja, associada a uma lenda engraçada e com belos frescos.

A nossa casinha alentejana é um verdadeiro encanto, composta pelo piso térreo com sala e cozinha, dois quartos no primeiro andar e ainda um sótão com um quartinho e terraço. Tudo com decoração típica, simples e aprumada. As casas, bem como os espaços comuns, são chamadas de “confrarias” (em homenagem às confrarias religiosas que vinham prestar devoção a Nossa Senhora de Brotas). A Confraria da Água tem uma pequena mas adorável piscina com vista para o santuário.

Ainda na tarde de sábado, vamos dar um mergulho ao Parque Ecológico do Gameiro, junto ao Fluviário de Mora (que já visitámos noutra ocasião). A praia fluvial (açude do Gameiro, do rio Raia) está muito bem arranjada, tem sombras, esplanada e parque infantil. O maior atractivo é o passadiço de madeira (na foto) ao longo da margem do rio, um percurso idílico, de 1,5 km, pontuado por placas informativas acerca da flora e fauna do local.

Para jantar regressamos a Brotas, onde o restaurante O Poço assegura a parte gastronómica da estadia. Sopa alentejana e migas de espargos com entrecosto valem uma boa caminhada nocturna pela aldeia.

Dia seguinte: depois do pequeno-almoço na Confraria do Cabeção (e a seguir à missa dominical que fui espreitar), partimos para a albufeira de Montargil. Paramos junto ao parque de campismo (onde acampámos há mais de 20 anos) para um mergulho sob a ameaça de chuva. Para o almoço (sopa de cação e bochechas de porco) rumamos a Ponte de Sor onde voltamos a encontrar uma zona ribeirinha apetecível, desta feita nas margens da ribeira de Sor.

E aqui está um fim-de-semana a pouco mais de 100 km de Lisboa que foge aos roteiros habituais.

Beijinhos a todas,

Céu

Comentários

  1. [...] (A última incursão à região foi em Dezembro, quando andámos pelo Alto Alentejo à procura das raízes. E antes disso houve um passeio pela fronteira entre o Ribatejo e o Alentejo). [...]

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