Quotidiano
Se fosse fácil escrever
um poema do quotidiano,
desses avulsos que se leem
no dia mundial da poesia,
eu cá aproveitava a hora de almoço
e o canto da folha de jornal
e escrevia qualquer coisa banal.
Afinal, sou especialista em quotidiano.
(experiência: vivo todos os dias).
Gostava que o meu poema tivesse
um relógio, uma escrivaninha, uma estação.
Mas também podia ter só ruas e janelas.
Quando passam crianças, nesse poema,
penso sempre nos meus filhos.
Se estarão a rir-se naquele momento
ou tristes.
Porque caíram ou foram mordidos.
Beijinhos a todas!
Céu
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