Feliz Ano Novo, queridas Senhoras!
Espero que tenham passado bem as festas e que este novo ano traga muita saúde e a concretização de sonhos e projectos. Pelas minhas contas, o blogue completou dez anos em 2020 (certo, Marta?). Vamos pelo menos a mais dez e depois logo se vê? Espero sinceramente que este blogue nos acompanhe até sermos velhinhas, seja lá em que formato for. Imaginem que os nossos netos nos poderão ler.
Outra vez domingo, o primeiro de 2021, com umas breves impressões que fui anotando nas últimas duas semanas.
Presidenciais
Tenho muita esperança que as eleições de 24 de Janeiro se traduzam numa grande lição de democracia. Que o povo acorra massivamente às urnas para expressar a sua vontade e que haja uma vitória esmagadora dos princípios democráticos. E que o resto seja escorraçado.
Clubes de leitura
Uma das boas notícias deste início de ano é o nascimento da estrutura de criação artística Cassandra e do clube do livro feminista Heróides, uma iniciativa da actriz Sara Barros Leitão. São 12 sessões, 12 livros e 12 convidadas. A lista está disponível aqui e as inscrições para cada sessão abrem mensalmente. Os clubes de leitura são definitivamente uma tendência. Este é um dos mais recentes, mas há vários outros. Podemos procurar o que mais se adequa aos nossos interesses ou experimentar vários até acertar. Eis algumas opções: É Desta Que Leio Isto, Clube de Leitura PNL 2027, Clube de Leitura do Instituto Cervantes.
Cursos
Um dos meus temas favoritos de início de ano. Depois de Arte do Romance e Arte da Crónica (qual delas a melhor, não posso nem quero escolher), estou a pensar fazer Arte e Ensaio. São todas opções da Pós-graduação em Artes da Escrita da FCSH. Se não houver tempo (ou disponibilidade ou interesse) em fazer a pós-graduação completa (esta ou qualquer outra), é sempre possível escolher uma cadeira/seminário e fazê-la num semestre. A carga horária é diminuta (duas ou três horas por semana), mas as leituras e os trabalhos intermédios, para além do trabalho final, enriquecem muito a experiência.
Jornalismo
Faz sentido apoiar projectos de jornalismo independente? Penso que sim, cada vez mais. É um assunto em que tenho andado a pensar e quero contribui de forma activa. Eis alguns dos mais conhecidos: Fumaça, Divergente, Repórteres Sem Fronteiras.
Endeavour
Começou a nova temporada da série que acompanha as lentas e perspicazes investigações do inspector Morse enquanto jovem (enfim, já não é nenhum miúdo) em Oxford, no final da década de 60. E qual é o fascínio, que não se perde mesmo conhecendo de cor a receita? Desde logo, o cenário oxfordiano, pesado, académico, melancólico. A inteligência e a cultura de Morse: há sempre uma pista essencial que só ele descobre por causa de um detalhe extremamente erudito. A sua inaptidão para o romance: queremos mesmo vê-lo casado com a adorável Joan Thursday? As personagens secundárias íntimas, do tipo forte e silencioso, sempre a segurar emoções, mas na realidade a dar abraços mentais muito apertados: Fred Thursday, Jim Strange e até o superintendente Reginald Bright.
Natureza
Isto é um plano de sempre: passar mais tempo na Natureza. Faço-o muito à minha maneira, sempre que posso, mas continua a ser difícil aliciar a família para grandes caminhadas. «Caminhada» tornou-se até um termo indesejável. Aguardo pacientemente que acordem para a maravilha de andar quilómetros, andar só por andar, aqui, além e mais além ainda.
Até para a semana,
Céu
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