Olá minhas queridas Senhoras,
Às vezes sinto uma falta aguda do cheiro do rio. Inspirar dói.
O rio Mondego corre perto da Aldeia Viçosa, na Guarda, terra do meu pai e dos meus avós, João e Céu. O curso do rio forma cenários destes:
Não há sítio nenhum do mundo onde eu sinta a paz que sinto aqui.
Eu e minha irmã, quando éramos mais novas, usávamos a expressão “manas na paz” que resumia tudo.
Quem está ao pé dele, está só ao pé dele.
Não há sítio nenhum onde eu sinta tão depressa que tudo se solta, tudo se dissipa. A mente finalmente sossegada.
Não há sítio nenhum onde eu me sinta de imediato tão plena, serena, imersa e esquecida de mim.
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.
O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.
Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.
Alberto Caeiro
Beijinhos a todas,
Céu
P.S. E bom fim-de-semana! (não vou para o Mondego, ainda, mas vou mais cedo de fim-de-semana :) )
Às vezes sinto uma falta aguda do cheiro do rio. Inspirar dói.
O rio Mondego corre perto da Aldeia Viçosa, na Guarda, terra do meu pai e dos meus avós, João e Céu. O curso do rio forma cenários destes:
- Ponte sobre o rio Mondego, junto à Quinta da Ponte
Não há sítio nenhum do mundo onde eu sinta a paz que sinto aqui.
Eu e minha irmã, quando éramos mais novas, usávamos a expressão “manas na paz” que resumia tudo.
Quem está ao pé dele, está só ao pé dele.
Não há sítio nenhum onde eu sinta tão depressa que tudo se solta, tudo se dissipa. A mente finalmente sossegada.
Não há sítio nenhum onde eu me sinta de imediato tão plena, serena, imersa e esquecida de mim.
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.
O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.
Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.
Alberto Caeiro
Beijinhos a todas,
Céu
P.S. E bom fim-de-semana! (não vou para o Mondego, ainda, mas vou mais cedo de fim-de-semana :) )
Olá Céu. Que grande concidência. Uma das minhas amigas é de Aldeia Viçosa. A casa da avó dela inclui um terreno onde está a praia fluvial. Se calhar vocês conhecem-se? É a Rita Desterro... Vou perguntar-lhe se te conhece:-) É um sítio lindíssimo: fui lá ao casamento dela há 2 anos e adorei o ambiente da aldeia. Beijos!
ResponderEliminarOlá Ângela!, não há coincidências :) Pelo nome não estou a ver quem é mas devo conhecer, quase de certeza. A Aldeia Viçosa é maravilhosa...obrigada e um grande beijinho
ResponderEliminarCéu, em que altura vais para lá este ano?
ResponderEliminarOlá Martinha, costumo ir sempre 2 ou 3 dias no último fds de Agosto ou primeiro de Setembro, por aí. Porquê? Queres aparecer por lá? :) Era tão giro...
ResponderEliminarQuero! :) Vamos lá a ver se consigo...
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