Um dia de Verão na Tapada

Olá queridas Senhoras,

Para celebrar o início do Verão não fomos à praia, fomos à Tapada de Mafra!



O dia foi de enchente, a entrada era grátis e as actividades também não se pagavam. É claro que havia filas intermináveis para os passeios de mini-comboio e de charrete e esquecemos logo isso. Mas nos percursos pedestres andámos à vontade e lá descobrimos os veados, para alegria de todos.

Javalis nem vê-los, muito menos lobos. Mas assistimos ao show das aves de rapina, com corujas, águias e falcões em voos rasantes.



Éramos para ir só de manhã, nem fomos preparados com piquenique como a maioria das famílias que cedo ocuparam os parques de merendas disponíveis. Mas resolvemos almoçar ali perto (no Gradil) para regressar à tarde. (É claro que o dia grátis na Tapada, com gasolina e refeição, acabou por sair caro mas isso é outra história.)

Mas ainda bem que ficámos para a parte da tarde pois tivemos a sorte de conseguir lugar, sem muito tempo de espera, num atelier de burros!





Aprendemos muitas coisas engraçadas (e não me refiro só aos miúdos, para mim foi quase tudo novidade).

Afinal, quando um burro fala o outro não baixa as orelhas. Orelhas esticadas em frente significam "olá como está, passou bem?", orelhas para baixo são sinal de fadiga ou doença, e se estiveram para trás, bem esticadinhas, cuidado, não se aproximem: o burro está furioso.

O senhor que deu o atelier trabalha num centro de acolhimento para burros velhos, maltratados ou abandonados pelos donos. (Não é tal e qual como nas histórias tradicionais? "Havia um burro muito velho que o dono obrigava a trabalhar duramente...").

Um burro normalmente pode trabalhar até por volta dos 30 anos. A partir daí começa a estar demasiado velho para tarefas pesadas. A história mais divertida que ouvimos foi esta: uma senhora, achando que a sua burra com cerca de 20 anos, já estava velha e a precisar de descanso, resolveu enviá-la para um centro de acolhimento. O que aconteceu foi que a burra chegou lá, pouco depois teve um bebé e ainda hoje é viva. Tem 56 anos e é um dos exemplares mais velhos da espécie :).

E vocês, queridas Senhoras, o que fizeram este fim-de-semana? Praia, campo ou cidade?

Beijinhos a todas,

Céu

P.S. Querida Marta, já recebi O Viajante do Século, muito obrigada! Vai ser a minha leitura de férias. Mas fica descansada que não vai para a praia (já lá vai o tempo em que conseguia ler na praia). Mas não posso prometer que não apanhe uns grãos de areia. És muito picuinhas com os teus livros? :)

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