Resolução inesperada

Queridas Senhoras,

não sei bem quando comecei a ligar tão pouco à passagem de ano, a ponto de a ignorar por completo. Bem, este ano até estava disposta a não passar ao lado dos acontecimentos, pensei em jantar fora e ver o fogo de artifício. Só que um resfriado que apanhei no sábado à noite deixou-me afónica e sem capacidade de me meter noutra. Passei a noite, e muito bem, a ver E Tudo o Vento Levou na RTP2 (apercebi-me que nunca tinha visto o filme todo, tinha apenas flashes soltos),

Tanta coisa para chegarmos aqui: não bebas, não fumes, não te deites tarde. Os conselhos mais simples dos nossos pais são os melhores e os mais válidos. Deitar tarde não é comigo, definitivamente. Beber, bebo mas só aquilo que dizem que até faz bem, o vinho tinto e a cerveja. Nunca toco em bebidas brancas, as modas do gin e do vodka passam-me ao lado. Já o fumar é outra história.

E era aqui que queria chegar. O resfriado de sábado tornou a minha garganta imprópria para o fumo de modo que praticamente não voltei a tocar em cigarros. Embora não ligue muito à passagem de ano nem a resoluções de ano novo, não sou indiferente ao simbolismo de tomar uma grande decisão no início do ano. E se aproveitasse este impedimento e deixasse mesmo de fumar? Já levo um ano e meio de corrida, sinto-me bem, vêm aí os 40, se calhar chegou mesmo a hora de pôr o tabaco de lado.

Não fumo muito (menos de 10 cigarros por dia), não digo que nunca mais vou tocar num cigarro mas gostaria de ser aquela fumadora ocasional que quebra o jejum apenas depois de um bom jantar, num dia de festa.

Vou tentar! A minha terapia de substituição serão respirações, algo que já li em qualquer lado mas que também faço intuitivamente para libertar stress e relaxar. Dez inspirações e expirações lentas e profundas. Liberta endorfinas e demora mais ou menos o tempo de fumar um cigarro. E cada um a menos já será uma vitória.

Bom Ano!

Beijinhos a todas,

Céu