Queridas Senhoras
diz-se que o primeiro filho é super protegido e rodeado de cuidados em comparação com os seguintes. Mas não é o filho mais novo que vê a sua “bebezice” prolongada para lá do normal?
O João faz hoje 5 anos e a verdade é que é bastante “bebezola”. É certo que há dois anos nasceu o primo Gusta o que pode ter contribuído para algum “abebezamento” (não há limite para as palavras destas que eu consigo inventar) mas o próprio João gosta de “abebezar-se” e nós, a família, alternamos entre dizer que ele já é muito crescido e não tem idade para “bebezolices” (sim, esqueçam…) e tratá-lo como se facto ainda fosse um “bebezolino” muito bochechudo (ele tem as bochechas fofas de bebé apesar de ser um trinca-espinhas).
Ontem à tarde fomos para o parque, só eu e ele. Ainda pensei em levá-lo a uma sessão do IndieJúnior mas depois pensei que se lixe, o que me apetece mesmo é vê-lo brincar ao sol. Muito sol e muita brincadeira, a tarde inteira. E assim foi. Brincámos ao sol, fartámo-nos de fazer “mimas”, estivemos a rever a lista de convidados para a festa de sábado. Escrevi os nomes e depois li-lhos. Era uma lista exaustiva de amigos e família, quase 40 nomes. Mas o João reparou que faltava o “tio Tó e a Nice” e perguntou se eu podia convidá-los. Lembrou-se também do outro tio, que emigrou para Paris, e disse que “daqui a muito tempo” podemos convidar também o tio Elísio.
À volta, vinha ele já cansado, pediu colo. “Ok filho mas é a última vez que vais ao colo, amanhã já tens 5 anos.” Depois perguntei “Achas que os meninos podem andar ao colo até que idade?” Ele reflectiu um pouco e disse: “Até aos 5. Não, não!, até aos 6.” À cautela resolveu dar folga de mais um ano. Porque isto de ir ao colo da mamã é bom demais para largar assim de um ano para o outro.
Quando estamos quase a chegar a casa, vira-se, assim do nada, como tantas vezes acontece, e pergunta:
“A avó tola [avó Laura, já falecida] é um anjinho, um fantasma ou um zombie?”
Beijinhos a todas e bom fim-de-semana!
Céu
Querida Céu, muitos parabéns ao João, que ainda ontem estava na tua barriguinha... Eles sabem bem que vão perder coisas insubstituíveis com o crescimento, não me lembro de termos esta noção, no nosso tempo. O Francisco também diz que não quer ser crescido porque depois não lhe damos colo, quer ser só médio (como já não gosta que lhe chamem pequenino, decidiu ser médio).
ResponderEliminarE estas cabeças, que maravilha! Como ele deve ter estado em luta com a ideia de avó Laura não estar na lista durante todo o tempo que conversaram sobre o assunto, mas a conter-se, até que, quando os pensamentos já são grandes demais, saem cá para forma (quase sempre de forma inusitada).
É tão bonito que o teu filho fale na avó.
Beijinhos grandes a todos!
Marta