Um dos melhores livros que férias que já li e estamos em Fevereiro

Queridas Senhoras,

andava um bocado parada nas leituras, há fases assim, até que no dia de S. Valentim o meu querido marido me presenteia com  este “Em Parte Incerta” de Gillian Flynn, dizendo “mas olha que é um livro de férias”. Como quem diz “olha que é para te distraíres e não para partires a cabeça.”

Foi pegar e não largar mais (ainda faltam umas páginas mas só porque chega uma hora em que tenho mesmo de desligar a luz). Desde sempre que nas férias adoro ler policiais, livros de mistério, crime, por aí. Lembro-me da tristeza de não ter mais Agatha Christies para ler, já tinham ido todos. Houve também muito Sherlock Holmes, avulsos da colecção Vampiro, contos fantásticos. E depois Patrícia Highsmith, tudo o que apanhava dela. Foi a minha grande descoberta da adolescência que começou com O Observador de Caracóis. Depois fiquei viciada em Tom Ripley, a amoral personagem que protagoniza cinco livros da autora. Hoje continuo a gostar muito do género. Ou géneros porque Highsmith é outro universo. Do insólito, do perverso, dos ambientes opressivos, etc.

Serve este intróito para dizer que neste livro, que comecei a ler sem demasiadas expectativas (apesar de estar indiciado como o “Nº 1 do New York Times”), senti a atmosfera de Patricia Highsmith. E isto arruma a um canto os policiais que tenho lido nos verões quentes dos últimos anos, os Millenniums e outros autores nórdicos, por exemplo. Por isso vou ficar atenta à Mrs. Flynn (que nasceu em 1971 e vive em Chicago com o marido e o filho, que senhora pacata). E bem tinha as minhas razões quanto ao toque de Highsmith:

And if you have any doubts about whether Ms. Flynn measures up to Patricia Highsmith’s level of discreet malice, go back and look at the small details. Whatever you raced past on a first reading will look completely different the second time around. (NY Times,29/05/2012, artigo completo aqui).



Bom fim de semana, beijinhos a todas,

Céu