Sentido único

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Queridas Senhoras,

alguém viu ontem a estreia de Wayward Pines no canal Fox? Um artigo na revista Time Out chamou-me a atenção, depois percebi que a série estava a ser anunciada e falada em todo o lado como um grande acontecimento (como fazem agora os canais com estas estreias mundiais esmagadoras: 126 países viram o primeiro episódio).

Do que li, chamaram-me a atenção alguns elementos que me levaram a ficar acordada para assistir ao primeiro episódio: reminiscências e influências de Twin Peaks, realização M. Night Shyamalan e algumas caras conhecidas do cinema (Matt Dillon, Juliette Lewis, entre outros) a acrescentar valor.

Não me arrependi de ter ficado acordada mas não sei o que esperar dos próximos episódios. É que parece que já ficámos a saber tudo. Conhecemos bem este universo, os ambientes de cidade fictícia habitada por gente estranha (expectável mas sempre deliciosa a apresentação da galeria de personagens, cada um mais apanhadinho que o outro. A enfermeira Pam – Melissa Leo – é um clássico instantâneo. Podemos ter pesadelos com aquela bata branca de seringa em riste).

Mas como dizia, já vimos muitos filmes e bastante TV desta, com criaturas normalizadas ao jeito das Stepford Wives, os cenários à Truman Show (não há grilos verdadeiros, são gravadores espalhados), as vilas afastadas e isoladas de tudo que escondem um segredo (o próprio M. Night Shyamalan tem um filme chamado The Village).

No primeiro episódio, tal como nós, o agente especial Ethan Burke (Matt Dillon) fica a saber tudo: que foi parar a uma cidadezinha sinistra, cheia de gente doida, de onde não o vão deixar sair tão cedo (naturalmente, alias, a cidade não tem saída: a estrada anda em círculos).

Portanto o que segue? Qual o caminho que a série irá tomar?

(Está visto que não li os resumos dos próximos episódios.)

Beijinhos a todas,
Céu

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