Queridas Senhoras,
apresento-vos a Quinta do Seixo – Turismo de Natureza, em pleno Vale do Mondego. Este ano, como é habitual, despedimo-nos das férias com uma ida à terra. Mas em vez de ficarmos alojados na Guarda (cidade), optámos por um alojamento rural nas proximidades da aldeia.
Quem desce da Guarda pela EN16, vai percorrer um troço sobranceiro ao Vale do Mondego, um itinerário pouco referenciado mas com muitos atractivos. Em casa de ferreiro, espeto de pau: eu própria não conheço a zona a fundo, vou por poucos dias e não costumo afastar-me muito da aldeia. Pesquisando, também não se encontra muita informação, roteiros sistematizados que expliquem a riqueza do território. Este artigo do Público é um dos raros que explora o potencial turístico do Vale do Mondego.
A 12 km da Guarda, a Quinta do Seixo é um lugar privilegiado para perceber a maravilha que isto é (assim como a Quinta do Moinho, motivo de reportagem do referido artigo). Em plena serra, é uma antiga propriedade agrícola (que ainda mantém alguma produção), ficando os hóspedes alojados em boas casas de granito, tipicamente beirãs. Eu sou suspeita, é certo. Ali, não me sinto turista, sinto-me em casa. À vista daquelas pedras, fico logo em paz. Cada artefacto ou alfaia, cada barroco, cada oliveira, tudo me é familiar e querido. Mas a Quinta do Seixo superou as nossas melhores expectativas. No conforto e na decoração dos interiores e nos arranjos do exterior, com vários recantos para estar, fazer as refeições, usufruir da paisagem, ouvir os grilos e ver a lua gigante.
A praia fluvial de Aldeia Viçosa (época aberta até 15 de Setembro e, eventualmente, em mais dias bons depois disso) está apenas a 1 km, após uma descida acentuada. À volta, há várias quintas e belos solares, alguns adaptados também ao turismo (aqui e aqui, por exemplo). Mas o mais que se vê são rebanhos de ovelhas e cabras. O que se ouve é o ladrar ocasional dos cães das quintas. No cruzamento antes da praia, voltando à direita, há uma estrada (perfeita para uma corrida) que leva ao Porto da Carne, Vila Cortês, Cavadoude e outras aldeias a merecer visita. Virando à esquerda, pomo-nos a caminho da Faia, Mizarela, Pêro Soares, Vila Soeiro. Existem igualmente trilhos pedestres assinalados.
Garantido está o ar puro da serra, o silêncio, o sossego e, sendo Verão, um mergulho nas águas do Mondego ao fim da caminhada. E um pão centeio estaladiço para recompor o estômago. O padeiro costuma passar ao adro às dez da manhã.
Beijinhos a todas!
Céu
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