Querida Mariana,
espero que a princesinha esteja melhor. Para um Family (Satur)day passado em casa, lembrei-me logo de pedir ajuda à pequena Handa. Se calhar já conheces este livro, de Eileen Browne. A minha amiga Sandra ofereceu-me, no verão, um exemplar traduzido para português, mas eu conheci-o na versão original, inglesa, que lhe ofereceram a ela quando a filha era pequenina. Um sol que nos entra pela casa adentro. Podes espreitar aqui.
É uma obra deliciosa, uma peça que apetece ter sempre à mão e que agrada a todas (mas mesmo todas) as idades. É recomendado para maiores de três anos (dos quatro aos seis, mais ou menos) mas o meu Francisco ainda não tem nove meses e já lhe dá muita atenção.
Como se não bastasse a obra em si (traduzida para todas as línguas que se falam aí em tua casa), ao navegar pela net à procura de uma boa imagem da capa descobri que esta pequena peripécia da Handa já inspirou um audiolivro em português, um jogo criado por professores portugueses e outro por professores ingleses. Ambos os jogos, muito tradicionais, estão disponíveis online. Basta-nos ler as regras e imprimir e recortar alguns elementos para termos a tarde preenchida.
O que é engraçado é que se trata de um livro com muito poucas palavras. As imagens são verdadeiramente exuberantes e a história, em toda a sua simplicidade, arranca gargalhadas aos miúdos e dá pano para mangas a quem quiser entretê-los. E é este livro de poucas palavras que anda a ajudar crianças por todo o mundo a aprender a falar e a querer aprender a ler (cá é recomendado pelo Plano Nacional de Leitura).
Em contra-corrente, os pais norte-americanos, sobrepressionados pela competitividade no ensino, têm abandonado mais cedo os livros de imagens grandes, procurando incentivar os seus filhos a ler obras juvenis desde que começam a dominar o b-a-ba. Espero que a tendência esmoreça rapidamente - nem que seja preciso que a Handa lhes prove o quão errados estão.
Bom sábado a toda a família!
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... a um momento tão carinhoso respondo com um apontamento de Procura-se um amigo, de Vinicius de Moraes :"(...) Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar da poesia, de madrugada, do pássaro, de sol, da lua, do canto,dos ventos e das canções da brisa. (...) Deve ter um ideal e medo de perdê-lo, e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. (...) Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, das grandes chuvas e das recordações de infância. (...) Deve gostar de ruas desertas, de poças de água, de caminhos molhados, da beira da estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim". ... arm in arm with you, baby ... foi bom de partilhar
ResponderEliminarOlá Patrícia, bem-vinda! Obrigada pelo apontamento. Volta sempre. :)
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