Cartas para mim mesma

BorchQuadro de Gerard ter Borch


«Journaling, I believe, is a practice that teaches us better than any other the elusive art of solitude — how to be present with our own selves, bear witness to our experience, and fully inhabit our inner lives.» Maria Popova


A falta de tempo aflige-me. Decidi, não sei dizer exactamente quando, combatê-la com lentidão. Ler mais devagar, escrever mais devagar, pensar mais devagar. Estar mais devagar. Menos variedade, mais intenção.


Nunca tinha pensado nisto assim, com esta terminologia, até hoje. Até ter decidido escrever aqui (já não o faço há demasiado tempo) sobre a minha decisão de começar a escrever um diário.


Escrevo para pensar melhor, não me caso de repeti-lo. Agora escrevo para pensar melhor sobre mim. Não será material para blogues, mas acredito que, ocasionalmente, das páginas do diário sobressaia uma ideia cuja reflexão precise de ser partilhada. E essas, sim, chegarão até aqui.


Alguma de vocês escreve um diário? E que tal pensarem nisso? Um luxo, a meu ver, este de escrevermos cartas a nós mesmos. Deixámos convencer-nos de que já não estaria ao nosso alcance, tal luxo. E, afinal, é tão simples.


Beijinhos,


Marta

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