Queridas Senhoras,
mesmo a tempo do encerramento das urnas, aqui vai o meu último contributo para hoje à noite, sobre a colorida (e única) comédia nomeada para Melhor Filme.
Diria que é impossível não gostar de Grand Budapest Hotel (a não ser que se seja o Vasco Câmara). Não vi assim tantos filmes de Wes Anderson para dizer que é uma repetição, cansativo ou não sei o quê. Assim de cabeça lembro-me de The Darjeeling Limited (que adorei) com o mesmo ritmo alucinante, cores semelhantes e alguns actores em comum.
Como não simpatizar com uma história que conta uma história que conta uma história? Para além de uma voz que vai relatando os acontecimentos, a estrutura narrativa inclui até uns separadores kitsch amorosos que introduzem os vários capítulos.
No centro de tudo temos um velho e magnífico hotel (acho que não há maus filmes passados em hotéis, resulta sempre em alguma coisa entusiasmante), situado numa imaginária república algures no Leste da Europa, que vamos conhecendo ao longo de várias épocas. Desde os áureos anos 30, quando o hotel era uma soberba e elegante engrenagem, até à ruína desolada de um refúgio para solitários.
Quem faz girar a engrenagem é M. Gustave (Ralph Fiennes), o concièrge que é rei absoluto no Grand Budapest, amante de arte e poesia, de velhas senhoras e de L’ Air de Panache, o perfume, indispensável para manter a ilusão de grandeza. A relação de Gustave com Zero, o jovem paquete com quem desenvolve uma profunda amizade, é o motor e a chave do filme.
A propósito de chave, sabem o que é A Sociedade das Chaves Cruzadas? Não vou estragar a surpresa, descubram tudo num dos capítulos de Grand Budapest Hotel.
Beijinhos a todas,
Céu
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