As sugestões de Patrícia Portela*
Concerto + Projeção
Reabertura do NOVO NEGÓCIO
Armazém 3, Rua do Açúcar nº52.
Sei Miguel - Swing Ratio Quartet
Almost Blue' de Ana Mary
Quando todos alimentam o discurso do que termina, a ZDB reabre, reorganiza, reinventa, ocupa novos espaços. Do jardim de Verão na Gulbenkian, passando pela mostra inclusiva no São Luiz, agora, e de braço com os tempos, oferecem à cidade de Lisboa um NOVO espaço para a performance. Para quem necessita de vitaminas, é o lugar certo para começar o domingo.
Para quem não tem tempo, pode espreitar o ciclo A VIDA CONTINUA na Galeria Zé dos Bois, de quarta a sábado às 19h numa programação que sempre nos surpreende.
Dança
Festival NEW AGE NEW TIME - 9a edição no Teatro Viriato em Viseu
de 13 a 28 de novembro
“Fazer uma mostra de dança no panorama atual vai ter um sabor ainda mais doce. Os encontros são cada vez mais distantes, o toque entre quem não co-habita é cada vez mais impossível. Por isso, promover um ciclo onde corpos se encontram é um acto de resistência, é um voto de fé no que somos, e é uma aposta naquilo que nos torna mais humanos mas também mais planetários: a nossa fisicalidade, a nossa necessidade de sermos matéria e presença. Abordar isto em plena pandemia é radical, é necessário, dói, e é bonito.”
Passeio
Passear pelo PASSEIO DAS VIRTUDES no Porto ou percorrer o PASSEIO MARÍTIMO de Paço De Arcos até São Pedro do Estoril. olhar o Rio Douro ou acompanhar a viagem do Tejo até ao Atlântico, é um bálsamo que limpa o ruído a qualquer mágoa.
Livro
Conhece o catálogo da VS Editor?
Sugiro A nossa necessidade de consolo é impossível de satisfazer de Stig Dagerman, para os mais profundos amantes da escuridão, o Manual de civilidade para Meninas de Pierre Louys, para os mais atrevidos, Fernanda de Ernesto Sampaio para quem quer ler a maior declaração de amor.
Se abrir o site pode ler: "em caso de dúvida, tome-se a decisão acertada", de Karl Kraus
O editor, Vasco Santos, é um herói da nossa praça.
Cinema
Há kurusawas a passar no Cineclube de Viseu dia 5 de novembro, Fellini o mês inteiro na Cinemateca Portuguesa de Lisboa, A cidade onde envelheço de Marília Rocha no ciclo Nova geração de realizadoras brasileiras no cinema trindade no Porto.
“Nascida pela altura da Intentona das Caldas, Patrícia Portela aprendeu a respirar pouco antes da revolução. Interessou-se por livros e bonecos já livre da ditadura.
Segue à risca a máxima grega transforma o mundo sem estrondo mas com esperança. Gosta de formigas físicas e meta-físicas, de viajar e de olhar e ouvir a filha.”
Raul J. Contumélias
*Patrícia Portela (1974). Autora de performances e obras literárias, vive entre Portugal e Bélgica. Concluiu uma licenciatura em Realização Plástica do Espectáculo em Lisboa, na Escola Superior de Teatro e Cinema, tem um mestrado em cenografia e dramaturgia do espaço pela Universidade de Utrecht e pela Central St Martins College of Art de Londres, uma pós-graduação em teatralidade e performatividade pelo Arts, Performace and Theatricality de Antuérpia, concluiu um estágio na European Film College of Cinema em Ebeltoft, Dinamarca, em som, edição e documentário, tem um mestrado em filosofia pela Universidade de Leuven/International Institute of Philosophy, na Bélgica e encontra-se a concluir o doutoramento em artes e multimédia pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa.
Itinera com regularidade pela Europa e pelo mundo. É reconhecida nacional e internacionalmente pela peculiaridade da sua obra, e recebeu por ela vários prémios (dos quais destaca o Prémio Madalena Azeredo de Perdigão/Fundação Calouste Gulbenkian para Flatland I em 2005 e menção honrosa para Wasteband em 2004, o Prémio Teatro na Década para Wasteband em 2003, o Prémio Revelação dos Críticos de teatro em 1998 ou a menção honrosa em 2006 para a Trilogia Flatland). Autora de vários romances e novelas como Para Cima e não para Norte (2008) Banquete (2012, finalista do Grande Prémio de Romance e novela APE) ou Dias úteis (2017, considerado pelas revistas Sábado e Visão um dos melhores livros do ano), entre outros, todos com a chancela Editorial Caminho.
Participou no prestigiado 46o International Writers Program em Iowa City em 2013 (onde também residiram os prémios nobel Orhan Pamuk ou Mo Yan) e foi a primeira Outreach Fellow da Universidade de Iowa City no mesmo ano. Foi uma das 5 finalistas do primeiro Prémio Media Art Sonae 2015 com a sua instalação Parasomnia com a qual continua a circular pelos cinco continentes, foi a primeira bolseira literária em Berlim da Embaixada Portuguesa na Alemanha em 2016. Foi uma das primeiras bolseiras das novas bolsas literárias da DGlab – Direcção Geral das Bibliotecas em 2017, com a obra Hífen, a ser publicada em março de 2021. Lecciona dramaturgia e imagem com regularidade na Escola Superior de Teatro e Cinema ao 3o ano de interpretação e design de cena e em lugares como a Universidade do Minho, o Forum Dança, em Portugal, ou a Universidade de Antuérpia, ou a escola de escrita em Curitiba, no Brasil. Esteve na origem e construção do curso CEM DRAMATURGIAS no C-E-M em 1999 e no PACAP#1, Programa de Apoio a Criação Artística em performance no FORUM DANÇA entre 2015/2017.
É cronista regular do Jornal de Letras, Artes e Ideias desde 2017 e foi cronista na rádio Antena 1 no Fio da Meada às terças feiras.
É, desde março de 2020 a directora artística do Teatro Viriato em Viseu, Portugal.
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