Os dias de Lisboa


Queridas Senhoras,

houve uns anos, ali pelos 20 e tal, que não liguei grande coisa à Feira do Livro, aborrecia-me um bocado. Muita gente, muito calor, muito comprida. Claro que era no tempo em que tinha muito tempo e podia dar-me ao luxo de me aborrecer.

Agora? Agora, acho um privilégio sair do escritório e poder passear num parque verde cheio de livros, com o Sol a pino e o rio ao fundo. Encontrar a barraquinha da Tofa e beber um café na esplanada com vista para o Tejo por 55 cêntimos.

Agora acho que começaram ontem os melhores dias de Lisboa, o prenúncio de um mês que afinal passa sempre demasiado rápido para o bom que é. Um mês de livros e passeios, ruas e bairros, eléctricos e barcos, santos populares, sardinhas e caracóis, espectáculos ao ar livre, quiosques e esplanadas, miradouros e jardins, eu sei lá.

Um mês em que a cidade é uma mãos largas e se excede em oferta cultural com uma generosidade que me cria ansiedade por tudo o que não vou fazer. Um mês que é sempre demasiado curto para o pouco tempo que temos e para o quão cansados andamos.

Que se lixe. Já sei que me vou estafar mas quero aproveitar ao máximo. Da feira já trouxe a programação do Espaço Infantil para as andanças com os miúdos. À primeira vistoria já vi que instalaram uma coisa que para mim é novidade e dá um jeitão: umas casas de banho da Renova estrategicamente colocadas em dois ou três pontos do parque, pelo menos. Isto é um alívio :)

Beijinhos a todas e bom fim de semana

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