Queridas Senhoras,
a Magda do Mum’s The Boss aconselha-nos a tirar férias na altura do Natal. Como não tenho dias para tirar, aproveito os dias da semana para descansar. Não há nada mais cansativo do que o fim-de-semana! A minha mãe, quando ler isto, vai dizer que a culpa é minha, que quero fazer mil coisas e depois lixo-me. Mas juro que já não é assim, já ganhei juízo.
Tentei que este fim-de-semana fosse equilibrado. Como sabia que domingo ia ser um dia agitado, sábado não fizemos nada de especial. Ficámos por casa, almoçámos calmamente, à tarde demos uma voltinha no jardim e na feira de artesanato, um olá ao Pai Natal. Voltámos para casa e tentámos organizar um jantar indiano. (A Alice tem um livro que propõe refeições de várias nacionalidades e traz recursos para cada uma: placas com o nome do restaurante - O Marajá -, etiquetas a dizer “Reservado”, ementas, receitas, etc. Não foi um sucesso mas foi uma primeira experiência. Comemos caril de frango. Quero ver quando for o jantar francês quem é que faz os crepes.) Foi portanto um sábado muito calmo a poupar energias para domingo. Claro que dei uma corridinha matinal nos dois dias para me manter alerta e desperta.
Domingo: de manhã rumamos ao Museu Nacional de Arte Antiga para ver a exposição do Museu do Prado. Chegamos por volta das 11h30. Devíamos ter ido mais cedo. Não se consegue parar o carro em lado nenhum. Deixo a família à porta do museu e vou estacionar em cascos de rolha. Desço em passo de corrida para as Janelas Verdes, mais uns minutos de espera na fila para comprar bilhete, mais minutos ainda para o João comer uma bolacha, depois mais outra e ainda outra. Como lá dentro não se pode comer, deu-lhe a fúria das bolachas.
Durante cerca de 20 minutos a visita à exposição corre bem. Vou mostrando os quadros ao João e fazendo paralelismos com o que ele conhece, pedindo-lhe que identifique determinados elementos nas pinturas. Após 20 minutos, o miúdo passa-se, começa a falar alto e a dizer que quer sair dali. Compreensivelmente, começam a olhar de lado para nós. O pai leva o João para fora, eu e a Alice prosseguimos a visita. À saída ainda damos uma espreitadela ao merchandising da exposição com objectos lindos para oferecer da Artwear, a empresa portuguesa que anda a trabalhar para os melhores museus do mundo. E toca de subir o caminho todo até ao carro. Chegamos para almoçar em casa dos avós em cima da hora.
Pouco depois já estamos a apanhar o comboio para o Rossio. O objectivo é ver a feira e o presépio da Avenida da Liberdade e, mais para o final da tarde, o Circo de Luz. Avenida acima, avenida abaixo, mais bolachas e banana para dar energias. Por volta das 17h30 acendem-se as luzes. Que bonito!
Vamos pela Rua Augusta apinhada de gente. Malabaristas, tunas, artistas vários. Qual Inverno, qual quê. Está um calor dos diabos! Posicionados no Terreiro do Paço, aguardamos pelas 18 horas. E eis que o espectáculo começa! Senhoras e senhores, meninos e meninas, bem-vindos ao Circo de Luz! São 20 minutos de pura magia visual. Todos adoram o espectáculo, até o primo Gusta que veio expressamente encasacado e “engarruçado” para a ocasião.
Resta voltar a subir até aos Restauradores, apanhar o comboio, ir para a casa, dar os banhos, apanhar roupa, fazer o jantar, arrumar a cozinha, contar a história e cair para o lado.
Beijinhos a todas, boa semana,
Céu
Confesso que me cansaste! Mas nós aqui também andamos num registo acelerado, entre viroses e rinites e festas de Natal e aniversariozinhos... Até o Francisco tem dias em que pede para não irmos a lado nenhum :) É fundamental um dia de pausa, de vez em quando, de facto. Mesmo que seja pausa preventiva!
ResponderEliminarBeijinhos
Marta