À sexta não há raspanetes

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Foto: http://www.theanimatedwoman.com/2012/05/motherhood-nerves-of-steel.html

Ontem a Alice teve uma pequena crise de choro e tristeza porque, segundo se queixou, eu estou sempre zangada com ela. Gulp. Não é verdade mas sabem quando acusamos o toque? Eu acusei o toque. Mesmo sabendo que não é verdade fiquei magoada e preocupada. Não quero que a ideia que os meus filhos têm de mim seja a de uma mãe permanentemente em fúria, nervos ou enfado com as suas patifarias.

A chatice é que no dia-a-dia, por defeito, acabo por engatilhar o tom irritadiço e de repreensão. Estou fartinha de saber que isto é uma armadilha, um círculo vicioso, mas vou lá cair que nem um patinho. O tom zangado sou eu a queixar-me por trabalhar de manhã à noite sem parar, quando no fundo sei que é uma sorte ter filhos para cuidar e me zangar, ter saúde e forças para a lufa-lufa que vai das sete da manhã às dez da noite. E como até gosto pouco de estar parada, queixo-me de quê?

Com aquela pequena explosão de sentimentos, a Alice devolveu-me uma imagem de que não gostei, a da mãe zangada. Hoje prometi que seria um dia sem zangas. Se perder, tenho de lhe dar 5 euros. Mas, ah!, se ganhar, ela tem de me dar 5 beijinhos! Safei-me bem de manhã e o resto do dia está no papo: afinal hoje é sexta-feira, dia em que comprovadamente há menos chatices.

Beijinhos e bom fim-de-semana!

Céu

 

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