Queridas Senhoras,
as notícias estão carregadas de revolta, de violência, de mortes encontradas na busca de uma vida melhor. Do direito a uma vida melhor. Do direito a decidir o que é uma vida melhor.
Daí que eu me tenha lembrado de um post lido, há tempos, no blogue de Lisa Congdon, a ilustradora que assina a imagem acima. Falava do projecto de Jonathan Fiels, The Good Life Project, e de como este tinha descoberto que, afinal, o conceito de boa vida é extremamente subjectivo.
O que eu preciso de vocês é que vejam este vídeo e, depois, que respondam à questão sobre a qual ele é construído. As Senhoras da casa e todas as senhoras e os senhores que aqui vêm espreitar, de vez em quando. Deixem um comentário a dizer o que é, para vocês, uma boa vida.
Se se sentirem intimidados pela enormidade da tarefa, reduzam-na: pensem naquilo que seria um bom dia. E descrevam-no.
E depois, ponham-no em prática. O dia bom e a vida boa (um dia de cada vez).
Começando hoje.
Beijinhos,
Marta
Afinal, fui eu que me senti intimidada pela enormidade da tarefa. Se bem que, se percebermos bem o que é, para nós, um bom dia, e tentarmos pô-lo em prática um dia de cada vez, parece-me que estaremos no caminho certo para uma boa vida. Assim o diz Annie Dillard, numa citação que me acompanha: «How we spend our days is, of course, how we spend our lives.» Então, vamos a isto: para mim, um bom dia tem que ter a família e os amigos, muitos risos e abraços, tempo para reparar nos pormenores e para pensar neles, espaço para respirar, música e silêncio, e uma sensação de missão cumprida (seja um trabalho entregue no prazo, o jantar cozinhado sem nada se queimar, ajudar alguém a desatar um nó... ou deixar alguém ajudar-me a fazer o mesmo). Pronto, missão do dia cumprida!
ResponderEliminarPara mim um bom dia é um dia em que sou capaz de me alongar a fazer o que gosto: a ler um livro interessante, a estar com os meus filhos, a namorar com o marido, a dormir, a trabalhar... sem pressas!
ResponderEliminarObrigada, Ângela! Beijinhos :)
ResponderEliminarAdorei o "ajudar alguém a desatar um nó" :) e a sensação de missão cumprida sem dúvida. Sinto muito isso depois de estender uma enorme e cansativa máquina de roupa. Já tinha dito no facebook que um bom dia, uma boa vida, é sentir-me em paz. O que é preciso para que isso aconteça é um pouco de tudo o que foi dito no vídeo e por vocês mas é sobretudo um "convencimento" interior de que estou em paz.
ResponderEliminarUi, essa é difícil! Enfim, tenho dias :) Embora a idade tenda a facilitar o processo, não achas? Para mim, que sempre fui um tumulto em pessoa, é agora mais fácil interromper o processo. Até porque a noção de paz interior também muda muito. Diz a minha partner Susana Pinto que o que importa é ter um plano. Acho que é verdade. Mesmo que mude todos os dias, mesmo que o caos seja muito superior à nossa capacidade e vontade. Há que ter um plano que nos conduza até ao final de cada dia e ao mais próximo possível da sensação (ou do convencimento) de paz.
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