Como nos tornámos Capazes



Queridas Senhoras,

aqui há três semanas, liga-me a Catarina. “Olha estou metida numa coisa nova. É uma plataforma sobre mulheres. Chama-se Maria Capaz. Mas não podes dizer a ninguém! Ainda não. Queres escrever para lá? Sobre livros, pode ser?”

Então não pode, Catarina? Se és tu a pedir, vou de olhos fechados. E muito obrigada pela confiança, caramba. Mulheres? Olha, calha bem, estou a ler um livro que tem tudo a ver com mulheres. Mas vem-me já outro à ideia, se calhar compro, leio e escrevo. É O Meu Amante de Domingo, da Alexandra Lucas Coelho. “Esse já está!”.

Então e posso sugerir outras Marias Capazes? É que assim de repente já estou a pensar em duas: na Senhora Marta e na Senhora Calita aka Panados.

“Podes! Convida!”

A Marta entrou no grupo secreto e agarrou logo no tema mais pesado de todos: a violência doméstica. E tratou-o com a força e a sensibilidade que nós tão bem sabemos. E agora mais gente pode saber. (Se há uma Maria Capaz que eu vi crescer, crescer, crescer, é a Marta.)

A Catarina perguntou então se a Calita poderia escrever sobre cinema e confirmei antes da própria se pronunciar. É que a gente vai conhecendo as pessoas (e afeiçoando-se). E ela tinha acabado de ver o Boyhood.

Esta é a história breve de como nos tornámos as três Marias Capazes. Para saberem quem são as outras Marias que formam este exército de mulheres empenhadas, com coisas para dizer, vejam aqui.

Se quiserem participar, contribuir, alertar, denunciar, podem fazê-lo aqui.

Beijinhos a todas,

Céu

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