Grandes para quê?

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Queridas Senhoras,

acaba de me chegar às mãos a edição especial de Natal da revista Time Out Lisboa. Em formato gigante. Fiquei logo mal disposta. Detesto esta brincadeira que as publicações fazem periodicamente. A semana passada, se não me engano, foi a Sábado. A Notícias Magazine também se excedeu, aqui há duas ou três semanas.

Como leitoras, consumidoras de informação, como moças ligadas à comunicação e ao design, vos pergunto: qual é a graça disto? É que eu não vejo ponta por onde se lhe pegue (literalmente).

Não dá jeito nenhum a folhear. Para transportar na mala. Para ler no comboio. Para arquivar junto com as outras edições (o destino destas revistas, em geral, é irem para a reciclagem mais cedo do que as outras).

Se é por uma questão publicitária, para as marcas terem maior visibilidade em épocas de consumo acentuado, será que resulta? Pessoalmente, o formato XL desencoraja-me da leitura. Despacho a revista, meio envergonhada de estar a lidar com um objecto tão desproporcionado.

O gozo de ler uma revista passa muito pela sua portabilidade. Não me importo de transportar uma publicação grossa, com muitas páginas, desde que o formato seja maneirinho. Tem de caber na mala ou na mochila e sem desalojar as outras coisas que lá vão.

As revistas gigantes são uma foleirice de todo o tamanho.

Beijinhos a todas,

Céu

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