15 minutos

 

15_minutesQueridas Senhoras,

a minha vida resolve-se em 15 minutos. Em vários 15 minutos, isto é. Não sei o que faria sem esses intervalos de tempo que dão para tudo.

Em 15 minutos consigo:

- ir ao supermercado e despachar meia dúzia de compras para logo e ainda abastecer-me de fruta e outros géneros para não andar a comer porcarias no café;

- chegar a casa e pôr uma panela sopa a fazer (é sempre preciso fazer sopa, certo?)

- dar uma caminhada de 2 km para espairecer;

- escrever uma carta à minha tia;

- estender uma máquina de roupa (nunca falha);

- contar uma história e fazer miminhos (“mimas”, como nós dizemos), mesmo que esteja muito cansada, para que os meninos nunca vão dormir sem ouvir uma história;

- ligar a uma amiga para saber como ela está e ouvi-la de viva voz;

- fazer uma omelete que me está a sair cada vez melhor com salada a acompanhar;

- espairecer na livraria;

- ler um artigo longo de imprensa, no comboio ou enquanto espero numa fila;

- avançar na leitura do livro que estou a ler antes de dormir;

- depilar uma perna;

- estudar ou fazer um pequeno trabalho para o curso;

- marcar uma consulta, procurar um médico, fazer análises;

- espairecer no jardim;

- meditar;

- estar em silêncio;

- escrever um texto e publicá-lo no blogue.

Mais coisas que se podem fazer em 15 minutos aqui

Beijinhos a todas,

Céu

Comentários

  1. Ah, que maravilha, os 15 minutos! Então eu vou acrescentar algumas coisas muito específicas, pelo facto de viver numa cidade pequena (ui, caem-me os doutores todos em cima... isto é um elogio!):

    Em quinze minutos, aqui, em Coimbra, eu consigo:

    - ir levar o Francisco à escola, a pé, comprar pão fresco e tomar o primeiro café do dia;

    - ir levar o Francisco à escola, de carro, debaixo de uma chuva furiosa, regressar a casa, descalçar as botas e ligar o computador;

    - levar o Gonçalo ao trabalho, de carro, e fazer quase todo o caminho de regresso a casa;

    - ir aos correios, a pé, despachar a correspondência da semana, e voltar para casa;

    - chegar ao centro de saúde, de carro, e ainda ter tempo para beber um copo de água e espreitar o laguinho dos peixes;

    - ir à loja do cidadão, de carro, estacionar, tirar senha no serviço pretendido e, muito provavelmente, ver chegar a minha vez

    - ir à biblioteca, de carro, estacionar, devolver um livro e requisitar outro;

    - ir a pé até ao Conservatório, comprar um bilhete para o concerto dessa quinta-feira e voltar para casa;

    - ir a pé até ao Teatrão, comprar bilhetes para o espectáculo em cena e voltar para casa;

    (as duas anteriores são wishful thinking)

    - ir a pé até ao parque infantil aqui do bairro e ver o Francisco descer o escorrega 10 vezes;

    - ir a pé até à beira-rio.

    Beijinhos!

    ResponderEliminar
  2. Que maravilha, que lista boa! Ir a pé até à beira-rio é um grande privilégio.

    ResponderEliminar
  3. [...] aqui falei da importância dos 15 minutos, de tudo o que consigo fazer em vários quartos de hora roubados, mas neste caso não se trata de [...]

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Conversem connosco: