Queridas Senhoras,
recebi ontem carta da tia Odete. A minha missiva electrónica lá acabou por chegar ao destino. A resposta veio agora, cheia de vagares, duas folhas de papel de carta preenchidas de um lado e do outro, nem uma linha de sobra, quase sem margem para o abraço final.
Uma perfeita carta manuscrita, digna da nossa Costureira e da melhor tradição epistolar. Quem sabe ainda damos livre curso, eu e a minha tia, a esta correspondência.
Aqui vos deixo um excerto que me fala particularmente ao coração (vá-se lá saber porquê):
“(…) Continuo a não gastar muito tempo com a casa nem com as “toilletes”, mas embrenhar-me na terra e sorver devagar este cheiro incomparável, não há nada que lhe seja igual. O cheiro da couve, da alface, da salsa, dos coentros, de tudo o que ela dá. Até as ervas daninhas são belas.
E os silêncios, às vezes quebrados pelo canto desse pássaro que, por ser novo, ainda não sabe o ninho, e canta num doce choro até que aparece a mãe e tudo silencia.
Então, sentada na varanda, fico uns minutos num diálogo íntimo com a noite serena (…)”
Beijinhos a todas,
Céu
Que linda carta, Céu! E que família linda, muitos parabéns :)
ResponderEliminar[...] Novas da aldeia [...]
ResponderEliminar[...] Novas da aldeia [...]
ResponderEliminar[...] então enviar o livro à minha tia Odete mas foi uma oferta interesseira, admito. Seguiu com uma cartinha manuscrita onde eu dizia ó tia, [...]
ResponderEliminar[...] sério? Uma aventura numa aldeia beirã nas férias da Páscoa? Será que entra a tia Odete? E a abertura fala de um “sótão dos avós cheio de livros”. A sério? Uma história [...]
ResponderEliminar