Queridas Senhoras,
no universo das editoras portuguesas, o catálogo da Relógio D'Água é motivo de admiração e de uma saudável inveja por parte da concorrência. A reedição da obra de Agustina Bessa-Luís e a aquisição dos direitos de publicação dos novos livros de Gonçalo M. Tavares são dois trunfos recentes desta prestigiada editora, fundada em 1982 por Francisco Vale. A curiosidade justifica-se: o que lê, e como lê, um dos principais editores literários em Portugal?
1. O que está a ler neste momento?
2. O que leu antes e o que vai ler a seguir?
Li em castelhano o excelente romance Berta Isla, de Javier Marías. Vou ler agora Um Cavalo Entra num Bar, de David Grossman.
3. Conte-nos uma memória de infância relacionada com livros
Li ainda em criança Guerra e Paz, de Lev Tolstói, na casa de uma tia em Braga, perto do Bom Jesus. Teria uns nove anos, não entendi muitas coisas, mas fiquei com a impressão de um feérico desfile de personagens.
4. Que livros marcaram a sua adolescência?
5. Um local público onde goste de ler
Cafés, jardins e bibliotecas. Tentei nos eléctricos, sem sucesso, por causa dos solavancos.
6. O seu recanto preferido de leitura (em casa)
No escritório ou na varanda.
7. Uma biblioteca importante para si
Foi a Biblioteca Municipal de Braga, onde nos anos de Liceu li Camus, Sartre e Simone de Beauvoir, entre outros.
8. As livrarias que costuma visitar
A Pó dos Livros, que agora já não posso visitar, e a Barata, por razões práticas. No Porto, a Lello, e em Braga a Centésima Página. Em Paris, a Shakespeare and Company.
9. Uma editora de que goste particularmente
10. Que livros gostaria de reler?
As releituras preferidas são os clássicos russos, de Dostoievski a Tolstói e Tchékhov. Considero que os clássicos russos tiveram um papel importante na formação sentimental de muitos leitores europeus e também na minha.
11. Que livros está a guardar para ler na velhice?
12. Acessórios de leitura que não dispensa
13. E se um livro não prende, põe-se de lado ou insiste-se?
14. Costuma ler sobre livros? Quais são as suas fontes?
Confio na opinião de dois ou três críticos portugueses e na de alguns críticos que escrevem na The New Yorker, no The New York Review of Books, no El País ou no Le Nouveau Magazine Littéraire.
15. Uma citação inesquecível
“É preciso ser absolutamente moderno”, um verso de Rimbaud.
(Curiosamente, o livro que tenho à espera na mesa de cabeceira para ler a seguir também é Um Cavalo Entra num Bar),
Beijinhos a todas,
Céu
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEstava a dizer: Esse livro de David Grossman também está na minha lista para ler a seguir.
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